sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

TERRA

Terra

Cais seguro no fim da viagem
De atracar barcos e vidas
Abraço ancorado de fim de dia
Cais sem paredes nem amarrações
Luzindo mil sóis vagabundos
Terra
Minha casa, meu lugar seguro
Com cheiros de rosmaninho
E girassóis dançando ao luar
Oceanos juntando outros sussurros
Nas pressas de viver e voar
Terra
Rios azuis asilando lussengues e bagres
Gente entrelaçando almas
Colocando pedras nos alicerces do mundo
Meninos boiando na superfície da vida
Mil línguas, todas iguais
Terra
Cetins azuis e verdes flutuando
Livremente nos ventos tão diferentes
Catuites e zonguinhas e seripipis
Chilreando alegrias e alucinações
Rios escorrendo águas e destinos
Terra
Meu derradeiro porto de abrigo

2 comentários:

  1. Que linda terra pintaste em teu poema, fez uma terra colorida, muito mais que a do verdadeiro esquema, é nessa terra que esticamos os nossos braços, e que criamos laços, verdejando ao sol... Sigo-te, é lindo teu lugar!

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  2. Talvez, porque os meus olhos também enxerguem a terra como uma boa terra, eles me garantem que a sua terra é como a minha mesmo que não seja a mesma ou, talvez, seja, que terra é terra com ou sem oceanos a traçar-lhe novos caminhos.
    Adoro os seus poemas. Você é muito talentoso.
    beijo

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