quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Gavetas

                                    Guarda na gaveta a carta sem palavras e o retrato do amor sem álbum; guarda na gaveta a chave e a geometria de uma cama; guarda na gaveta  a lembrança de uma cor inexata, a carícia e a chaga de um verbo sobre o  corpo derramado.

4 comentários:

  1. Tem não, Lelena, em "minha gaveta" ainda não tem
    nada além de impressões de leitora. Não sei por que como leitora não posso ser "inteligente e sensível". Será que é um privilégio só de escritores e poetas? :) Acho que um não existiria
    sem o outro. Foi Denis Diderot quem primeiro me chamou a atenção para isso - "Mas quem é o criador? O autor ou o leitor?" Estão ambos tão entrelaçados...
    Muitas de "tuas gavetas" guardam palavras, albuns, memórias de um verbo talvez adormecido em
    meus armários. Talvez não se manifeste por medo
    ou mesmo por preguiça; talvez, com uma boa faxina!!!

    beijo

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  2. Uma hora a gente tem que rever os guardado, esvaziar essas gavetas, abrir espaço... sabe lá o que vem pela frente... seja lá o que for, serão novas experiências... a vida é feita delas... boas ou más.
    Vc anda muito sumida do Chocolate.
    Saudades.
    Beijokas.

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  3. Ci, mas é claro que você pode e é inteligente e sensível como leitora, e é uma leitora tão qualificada que parece sempre estar com algo na gaveta, porque alguns comentários seus são literários de tão bem escritos e criativos, portanto, se você tem a sua gaveta vazia, é porque quer e não porque não posso preenchê-la. Não vejo a hora que a tal preguiça ou o tal do medo saiam de férias e você gire como nunca na sua ciranda :)
    beijos

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