A idade é uma aliada ou uma inimiga do poeta?
Ferreira Gullar: Com o avanço da
idade, diminuem a vontade e a inspiração. A gente passa a se espantar menos.
Tem poeta que não se espanta mais, mas insiste em continuar escrevendo, não
quer se dar por vencido. Então ele começa a escrever bobagens ou coisas sem a
mesma qualidade das que produzia antes. Saber fazer ele sabe, mas é só técnica,
falta alguma coisa. Não se faz poesia a frio. Isso não vai acontecer comigo.
Sem o espanto, eu não faço.
Escrever só para fazer de conta,
não faço. Eu vou morrer. O poeta que tem dentro de mim também. Tudo acaba um
dia. Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais. Não vou forçar a
barra. Isso não vai acontecer. Toda vez que publico um livro, a sensação que
tenho é de que aquele é o definitivo. Escrever um poema para mim é uma grande
felicidade. Se não acontecer, não aconteceu.
http://antoniocicero.blogspot.com.br/2012/10/ferreira-gullar-entevista-revista-veja.html
Estou com ele e não abro.
ResponderExcluirOu é de verdade, ou não quero!
beijoss
Perfeito!
ResponderExcluirGOsto!
ResponderExcluir...e com a idade dele "muita sensibilidade.
Só os bons se mantém firmes e verdadeiros.
beijim
Olá amiga, concordo com ele, não dá p forçar a barra se não tiver inspiração melhor não inventa-la, gostei do texto! Abraçooss
ResponderExcluirOlá, Tania,
ResponderExcluirEscrever é ancorar, ainda que o cais seja estreito, dizendo para o que veio. Para Ferreira Gullar é mais fácil dizê-lo pela estrada que já percorreu.
Vou dar uma olhada no site do Antonio Cícero. Deve ser reconfortante...
beijoss
Gullar tá morto e não sabe. Revista Veja, tinha algo mais reacionário, não?
ResponderExcluirRealmente não dá pra escrever só pra evitar escaras na linguagem. Poesia não é relatório.
ResponderExcluirAbraços!