Imagem sem nome de autor.
No interior da casa
o que está dentro de tudo ressuscita
o que está dentro de tudo ressuscita
e inicia um canto
novo a cada instante.
Não é verdade que as
coisas acontecem sempre iguais
porque as palavras mudam e a cor das folhas muda
porque as palavras mudam e a cor das folhas muda
o pássaro de cada
dia
pousado no beiral.
Dentro da casa há mergulhos na noite
estradas imaginárias
e o vazio
que às vezes se percorre como quem volta do exílio
que às vezes se percorre como quem volta do exílio
e já não sabe onde
deixou o livro interrompido
nem mais se lembra
do instante decisivo
dos pontos religados
pelos olhos
aquele que decide o que não pode se chamar destino.
Dentro das mãos
aquele que decide o que não pode se chamar destino.
Dentro das mãos
o tempo rasga o
interior das coisas.
Muito bom ouvir sobre a casa interior, Dade. Bom te ler sempre.
ResponderExcluirBeijos,
Lendo esse teu tão aconchegante e belo poema sentí-me tão à vontade,
ResponderExcluirque inevitavelmente re-percorrí todos os cômodos de minha casa a ver
o estado atual de sua pintura, porque às vezes, ficamos mal acostumadas e nem percebemos a ação do tempo que tudo transforma!
Belíssimo poema, Dade!
beijoss
Me emocionei demais com esse poema... tenho andado assim... como quem volta do exilio...
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