quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012




Esvoaça... Esvoaça...

É como a vela que se apaga,

e a fumaça sobe e se atenua.

É o amor fraco que se apaga.

Não adiantam poemas para a lua.
Sofre o homem, o amor acaba

e a doce influência esvoaça como o fio adelgaçado

de fina e translúcida fumaça.

Esvoaça, esvoaça...

Atenua o amor, atenua a fumaça.

Para que tanta dor?

E o amor que vai sumindo,

adelgaça, esvoaça, esvoaça...

(maio/1963)


Ana Cristina Cesar, Rio de Janeiro (1952-1983)

9 comentários:

  1. Eu gostaria de poder voltar ao mundo e descobrir poemas, como este e tantos outros, Ci, que você nos apresenta. Queria poder fazer só isso! rs Esvoaçante e maravilhoso poema...
    Beijos,

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    1. E eu gostaria de saber escrever poemas,não
      é, poeta?

      beijoss

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    2. Continuo afirmando que, sim, você sabe. Leio poesia em muitos dos seus comentários. Em algum momento vc diz pra vc o que talvez já não seja segredo: "Eu sou poeta". Não me surpreenderá, Ci! rs Beijos

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    3. kkkkkkkkkaaaá, só gargalhando muito :))

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  2. não há temporalidade na poesia
    esvoaça, esvoaça e fica
    Beijo
    LauraAlberto

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  3. Obrigado pelo commet, e desculpa a demora a responder :$ .

    Novo texto: http://joateba94.blogspot.com/2012/02/felicidade-encontrada.html

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  4. Não há nada mais triste que o desamor!
    A gente morre de dor...

    Beijão

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