Dói a pele como sempre
doeu. Por estar esticada,
por estar ressequida, por
estar marcada ou lisa, por
muita ou pouca vida.
O fato é que a pele sempre
foi ferida a estampar-se para
quem quisesse vê-la. O fato é
que a pele sempre foi aberta,
por mais que fora, também,
membrana seletiva, a impor
sua resistência a qualquer
aproximação ativa de
qualquer outro. Ou
mesmo, à ambiência.
O fato é que a membrana
delibera ações, atrai e exclui.
Como um ímã. Como uma sirene.
Como uma cloaca. O fato é que há
a tal química também, mas não tão
simples: atração, resistência, seletividade
da pele áspera, frente a um estranho ou à
cara metade. A pele é rude. Como um
poema que se interrompe.
(Marcelo Novaes)
Taninha, poema maravilhoso!
ResponderExcluir"a pele é rude, como um poema que se interrompe"
grande Marcelo, que sabe dizer tão bem dessas superfícies e profundezas...
beijos
E não é, Déa? Leio Marcelo muitas vezes em vertigem. Vou à beira do precipício e a respiração se altera completamente. Esse poema em especial veio ao meu encontro. Gosto disso...rs Beijos
ExcluirThanks, Andrea!
ExcluirUm grande beijo!
Tânia,
ResponderExcluirVc já se acostumou com o tom dos poemas. Tenho certeza que se equilibra bem.
Beijos, amiga!
Não conhecia os poemas do Marcelo, mas já me tornei leitor, obrigado pela apresentação, Tânia, um beijo.
ResponderExcluirValeu, Dario.
Excluir:)
Forte abraço!
lindooo..... poema forte a tenue relaçao entre eu e o outro... lindo
ResponderExcluirRaquel,
ExcluirMuito obrigado por sua leitura. :)
Beijo.
É triste, é rude sentir o poema acabar.
ResponderExcluirBeijo, Marcelo
Mirze
Beijo, Mirze.
ExcluirObrigado pela leitura!