sábado, 28 de maio de 2011

Da arte das nuvens VI


                                            Descortinado o céu, tu fechas os olhos para não me perder de vista. Fecha os olhos, e os meus se abrem em nuvens demarcadas pelo fio das tuas chuvas, rastros de mágoas e gente sem névoas, suspensas no caderno da tua atmosfera  e indiferentes ao arco-íris de gotas com que tu te desenhas sobre as lágrimas das minhas ventanias.

3 comentários: