segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Rosa dos Ventos - Chico Buarque
Rosa-dos-ventos
Chico Buarque/1969
E do amor gritou-se o escândalo
Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima
Pra socorrer
E na gente deu o hábito
De caminhar pelas trevas
De murmurar entre as pregas
De tirar leite das pedras
De ver o tempo correr
Mas, sob o sono dos séculos
Amanheceu o espetáculo
Como uma chuva de pétalas
Como se o céu vendo as penas
Morresse de pena
E chovesse o perdão
E a prudência dos sábios
Nem ousou conter nos lábios
O sorriso e a paixão
Pois transbordando de flores
A calma dos lagos zangou-se
A rosa-dos-ventos danou-se
O leito dos rios fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar
Numa enchente amazônica
Numa explosão atlântica
E a multidão vendo em pânico
E a multidão vendo atônita
Ainda que tarde
O seu despertar
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Chico não existe! É tão bom que parece uma utopia.
ResponderExcluirOlá Bipede, sim parece Utopia. Chico tentava nos alertar pela Ditadura. Muitos morreram lutando por um Brasil melhor...e nenhuma qualidade de herói foram lhes atribuído.
ResponderExcluirBjs ( obrigado pelo carinho )
Ale...
ResponderExcluirque bom encontrar...
isso aqui...
tão linda...essa música...
tão triste...essas palavras...
"...E a multidão vendo em pânico
E a multidão vendo atônita..."
é Chico...
sem comentários...
ou melhor...
é o espaço aqui...
que é pequeno...
para tamanho comentário...
Beijos
Leca