sábado, 9 de outubro de 2010
Do chapéu
Do chapéu muito há para contar. Desde os tempos mais remotos, é conferido ao chapéu uma dupla função. A primeira é a de resguardar a cabeça contra as diferentes condições climatéricas e, por conseguinte, preservar a saúde. A outra prende-se com a carga social e simbólica que lhe é conferida ao longo dos séculos nas diferentes sociedades e geografias. Símbolo social e hierárquico, cultural e político, desportivo e religioso, o chapéu é usado desde tempos imemoriais. O chapéu é como uma bússola que nos orienta em múltiplas direcções. A partir dele vamos de encontro à história do traje, à origem da moda, às diferentes e constantes mutações sociais, aos códigos e normas que regem a forma de estar nos quotidianos de todos os séculos, ao despertar da civilidade, aos símbolos e significações, ao protocolo e à etiqueta e, por fim, ao uso do chapéu ao longo do tempo.
Sobre a história do chapéu encontramos alguns estudos e artigos mais ligeiros. Comecei por procurar o significado actual da palavra chapéu num dicionário de 1998, o mais recente que consultei, que refere o seguinte:«cobertura para a cabeça, geralmente formada de copa e aba;cobertura para a cabeça de senhoras, de feitios vários e com ou sem adornos; abrigo; resguardo». Num outro dicionário, de 1972, significa «cobertura de forma diversas, para a cabeça de homem ou de mulher». O primeiro dicionário especifica melhor o chapéu de senhora, talvez porque hoje em dia encontremos mais pessoas do sexo feminino a usarem chapéu.Os livros actuais sobre etiqueta e protocolo também reservam mais espaço ao chapéus de senhora e, mesmo as próprias revistas de moda, dedicam-lhe mais atenção. Mas nem sempre foi assim. Nas civilizações clássicas o chapéu era interdito aos escravos e à mulher. Mulheres nobres e plebeias, por lei renovada pelo imperador Séptimo Severo, não o podiam usar. Esta proibição serviu como inspiração às mulheres daquele tempo, que fizeram dos penteados a arte de adornar a cabeça.
[continua]
[Nota: quem tiver informação(bibliográfica) sobre a história dos chapéus, envie-me, por favor:
para marta1322@gmail.com
muito obrigada]
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Olá Marta
ResponderExcluirGosto muito de chapéus. Desde muito jovem.
Felizmente a moda actual engloba o uso do chapéu tanto no homem como mulher.
Lembro há muitos anos ter feito um trabalho de pesquisa sobre a história do traje. Foram muitas horas na biblioteca Almeida Garret. Lá encontrará o que pretende. E já agora, a dona do chapéu quem é?
olá cduxa,
ResponderExcluireu também gosto imenso de chapéus :)
já venho fazendo uma pesquisa há uns anos e, sim, já me enfiei na biblioteca.
no entanto, agora, a intenção é encontrar possível bibliografia, eventualmente de outros países. e como o Mínimo Ajuste é internacional achei que seria boa ideia colocar, aqui, o meu pedido.
[se disser que, ao certo, não sei quem é...a dona desse chapéu...não minto ;)
bjo]
Olá, Marta.
ResponderExcluirGostei do texto, e agora fiquei ansioso para saber mais da história do chapéu. Vou ficar aguardando a continuação.
Me fez até lembrar que, um dia desses – daqueles quando a nossa mente está a andar pelas avenidas da loucura –, eu me perguntava se o boné é uma variação moderna e não erudita do chapéu. Será?
**desculpe-me pelo devaneio.(risos)
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:) :) :)
ResponderExcluirpode ser, Diego!