Não tenho culpa de jogar sobre ti o manto do meu ofício e de te perseguir feito um faminto, eu que não tenho forma e flutuo e que faço do teu corpo um nada, que tirá-lo não me sacia ou ilude, que as ilusões são tuas, e elas são tão frágeis quanto o teu esconderijo, porque, se quero, te vejo e, se quero, te levo e te bebo e te martirizo ou poupo ou poderia, mas tu aguças a minha admiração, e a minha admiração acorda a minha inveja, que me consome com sua gosma e me ordena que te massacre, que ela é impetuosa e conta os nós em um rosário de ódios e te quer, oh, moça, e te quer do avesso, amputada, podre e com vida.
Dizem mesmo...
ResponderExcluirque a inveja...é má...
que não não existe inveja inocente...
ela é assim...não sossega...
enquanto não acabar com seu alvo...
Quantos passos existem...
entre a admiração e a inveja...!?
...poucos...bem poucos...
Beijos
Leca
Leca, também acho que o percurso é pequeno entre uma e outra e, por isso, sempre perigoso.
ResponderExcluirbeijos
O manto do oficio as vezer è cruel, ha que ter bom olho pra ver como se joga.
ResponderExcluirUm abrazo