quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pronominais, de Oswald de Andrade

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

7 comentários:

  1. Linguas e dialetos
    Padrões e incertos
    Maravilha deste Brasil!

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Hoje até o "me" proclítico não se usa. Em compensação, bota-se um "aí" no final, quando não vem acompanhado de um "mano". "Dá um cigarro aí, mano."
    O fato é que tanto a língua culta como a coloquiam, nessa frase, fedem a cigarro.

    ResponderExcluir
  4. Onde se lê "coloquiam", leia-se coloquial. Estou com problemas datilográficos.

    ResponderExcluir
  5. Acredito que como todo modernista, Oswald desejava fixar uma linguagem que realmente fosse brasileira, já que a que usamos é "Europeisada", emprestada.
    Nossa língua é portuguesa, será que havemos um dia ter nossa própria língua?

    Tupy or not Tupy, that is the question.

    ResponderExcluir
  6. Opa...sou o Alexandre do Cárcere do Ser, esqueci de agradecer por dividir o poema do Oswald.
    Belíssima escolha, abraço.

    http://carceredoser.blogspot.com

    ResponderExcluir