Eles chegam em matilhas. Uns passam por mim tão rápido que mal sinto seus cheiros. Vão direto até ela e o seu par de sapatos de cetim azul-céu; outros, não. Sinto seus olhos farejando minhas pernas, meu sangue e esse casaco arco-íris florido. A princípio, um bem-estar me alegra, mas o momento não é para a festas; ela segue silenciosa no caixão, quase a me convecer de que não há entre nós uma relação feita de ossos. E, por isso, comemoro minha parcial vitória distribuindo sorrisos. Que desfrutem, os cães, de meus lábios e de meus dentes brancos antes que eu me entregue a criatura de personalidade sintética e anti-alérgica que, devagar, já me devora.
Qual deles será o mais feroz e devorador:
ResponderExcluira) o que nos habita?
b) o que nos rodeia?
ou
c) ambos?
Ci, um morde por dentro e outro por fora e no fim a carne rasga e a mordida vem de todos os lados!
ResponderExcluirUma verdadeira batalha carnal!(?) É o salve-se
ResponderExcluirquem puder...Que cachorrada terrívelllll...!
Só rindo muuuuuiiiitoooo...!
P.S. "cachorradas" à parte, teu texto está muito bom, cada dia melhor!
Beijos
cirandeira
Essa é a verdadeira batalha...
ResponderExcluircarnal e antivirótica...
de nós contra nós mesmos
Beijos
Leca