sábado, 21 de julho de 2012

Manhã


.    .  .  .  Rogerio Luz.*

I
O mar, o mar no sempre repetido
desejo de chegar para envolver
o corpo litoral em leito infindo.

II
Variado e hostil
ímpar entre rochedos.
o combate do mar.

Só o mar é divino
o mar pesado e único
o mar visto da proa

o mar, o alto mar.

III
Ainda é silêncio:
bate cabeça o mar
na areia grossa.

És, antes do sol, a pedra
espessa, a vaga
negra.

Pátios e terraços –
ilusões da aparência
esparsas.

Canto de pássaros
terral nos grãos
a luz aclara.

. .  .  .  .  .  .  . .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   .  .  .  .   .    . . .. . . .. .  .   *.rogerioluz.wordpress.com

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