sexta-feira, 22 de junho de 2012

Do arame


comprei um vestido de chita
vestí o esqueleto e ordenei-o:
dança!
comprei um par de sandálias
coloquei-lhe saltos e lhe disse:
pula!
do arame saltaram pulgas
colaram-se-me na pele
cachoeiras quedaram-se
mar mares muitos mas
não hei de navegar-te
joga-me aos ventos lança-me
ao infinito
mar amar amaro
verdes cactos verdes versos
verão outono infernos
o vestido era de chita
o esqueleto se quebrou
Mar amarelô

14 comentários:

  1. tenho sempre essa sensação de verão outono inferno descolorindo o meu vestido, mas, insisto com os meus lápis, e devolvo as cores que as estações me roubam.
    lindo poema, Ci.
    sensível e inteligente como você.
    beijoss

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    1. Pelo menos se tenta, não é, Lê? mesmo que amarelemos um dia desses :)

      obrigada pelo comentário, querida!

      beijoss

      P.S.: já respondí ao e-mail, viste?

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  2. belos versos
    bailando ondas
    de outono primveril

    abração

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    1. Verso Aberto é um belo nome, e muito significativo!
      Obrigada pelo comentário, e seja muito bem-vindo!!!

      abração

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  3. Colorido, alegre, lindo...
    me vi,dançando uma ciranda!

    Beijo,
    da Lúcia

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    1. Que bom que você gostou, Lúcia! Ainda bem que lhe passou alegria!
      Obrigada pelo comentário e pela visita, e volte sempre!

      Beijo

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  4. Bonito teu poema, Ciranda. Bem trabalhado. Um abraço. Tenhas um lindo fim de semana.

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  5. Obrigada, Dilmar.
    Um bom final de semana procê também!!!

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  6. AH! Que fofura, CI!

    Assim eu entro na "parada de São João". Belo DEMAIS

    Beijos

    Mirze

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    1. "A fogueira tá queimando", Mirze!
      Obrigada pelo comentário e um bom São João procê.

      beijoss

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  7. Beijos procê também, Dade, e obrigada pela leitura!!!

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  8. mas sempre amar, não é, Laura?

    beijo

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