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a Lelena Terra Camargo
Sabem-me a mar as mãos que em mim derramam
o traço de giz , o fecho do circulo que me abriga
repousado na terra, o corpo do corpo recolhido no chão
[e que não se faça dia, ainda não!]
que cuidam-me da luz que se adentra em astro que já fui
pela porta no sol alinhada, bordada raiz onde também se
envelhece o coração.
Sabem-me a manto, as emendas provisórias na linha da vida
essas rugas mãos de tecido frágil e fugaz,
que apesar do silêncio, quase murmúrio, quase espinho
do eu que em desalinho, não finjo, não sou capaz.
Já silêncio, ao primeiro canto da terra, às raízes do chão
em giz derramado
no circulo que me adormece,
[talvez luz, talvez dia o dia que acontece]
sabem-me a mar essas mãos, eu não.
Junho 8, 2012
Leonardo B.
[breve aparte: a este texto, pensei em editar em simultâneo aqui
e na Barca dos Amantes, por motivos por demais óbvios; não me foi possível, ontem, e assim
reponho a minha primeira intenção.
Tão Grato,
Tão Grato,
Esse imenso e transatlântico abraço, Lelena!]
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Muito linda poesia e homenagem,Leonardo!bjs,
ResponderExcluirTão feliz estou com esse poema que é um doce abrigo :)
ResponderExcluirTão feliz estou com esse poema que é um doce abrigo :)
ResponderExcluirSabem te amar essas mãos que desenham versos tão prodigiosos, Leo!
ResponderExcluirBelo poema, merecida homenagem!!!
beijos
Belíssimo, Léo! Tão merecido, Lelena!
ResponderExcluirBeijos,
Leonardo,
ResponderExcluirCírculo bem traçado, este. Como de habitual.
Helena ocupou o lugar do astro que já foras;
daí, esse mar que nunca cessa de derramar-se,
nem se cansa de ser luz antes que giz ou
corpo do chão recolhidos e no chão grifados.
Ainda que com traço leve. Ainda que fugazes.
Mas isso é beleza de flor, como tem de ser,
sempre, e sempre é, depois do descenso da
luz até o traçado do giz. A tal luz
refratada no dia a dia que nos
acontece. A todos. Luz em grão.
Pouso.
Abraços, Léo e Lelena!