terça-feira, 5 de junho de 2012

Paralelismos



Foto sem menção de autor. 

 

O poema na folha do caderno
o vento o levou ao chão
e ficou a brincar com ele
como gato que brinca com um besouro
até que o besouro morre do brinquedo.
O poema jaz sob os pneus no asfalto
e o vento se diverte em outra janela.
Ao lado do besouro morto
o gato
toma contente seu leite na tigela.

6 comentários:

  1. tão indiferente a vida...
    às vezes tal qual um filme, aguardando um feliz the end.
    e nada.
    nada dele acontecer.
    beijoss

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  2. Triste e belo, como é do seu estilo. A vida é indiferente ao que valorizamos. Mas esse gato....


    Beijo, Dade!

    Mirze

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  3. Que o poema não tenha o mesmo fim do besouro, que a Poesia seja levada pelo vento a todos os cantos do mundo para que continuemos a brincar e sonhar...!!!

    beijos, Dade

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  4. Ah o gato.... Tão tranquilo, sem ponderar consequências!
    Muito bom!

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  5. Um sótão cheio de lembranças
    Escrevi no pó palavras sem nexo
    Retirei uma cartola de uma caixa de cartão
    E senti ao toque o poder da ilusão

    Ilusões…
    Um cavalo de pau perdido ao carrocel
    Uma estola de um bicho qualquer
    Uma escultura talhada a cisel

    Uma foto a preto e branco
    De uma mulher sem rosto
    Uma janela virada para nenhum lado
    Uma traquitana a imitar o sol-posto

    Terno abraço

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  6. Obrigada pelos comentários, queridos amigos.

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