Sacode as nuvens que te poisam nos cabelos,
Sacode as aves que te levam o olhar.
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras.
Porque eu cheguei e é tempo de me veres,
... Mesmo que os meus gestos te trespassem
De solidão e tu caias em poeira,
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras
E os teus olhos nunca mais possam olhar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Lindo, MARTA!
ResponderExcluir"Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras"
Calou fundo em mim.
Parabéns!
Beijos
Mirze
Maravilhoso :)
ResponderExcluirNão conhecia.
Beijoss
beijos para ambas :)
ResponderExcluirOiça-me: sacudi todas as cousas que poisavam.
ResponderExcluirRespirei, ainda que a voz me queimasse o fôlego.
Creia-me: gostei da dicção de Sophia.