FALO
Falo
de mim de ti de todos
de niguém é a vida
minha língua é um
músculo-instrumento do pensar
do degustar do prazer de comunicar
do sentir do gostar do bem-
querer o doce azedo e
amargo fruto do viver
Falo
para mim para ti para
ninguém pensar que
só de pão não vive o homem
A língua transpõe vales oceanos
continentes contingentes cordilheiras
atravessa barreiras fronteiras limites
salta em ondas de rádio satélites
e cores e raças de todos os matizes
Falo
desconverso prosa não
rima o sem-rumo
rumina o sumo verde
água terra pântano
fertilidade
o falo penetrando óvulos
germinando palavras desusadas
irrompem num manancial de
verbos transidos na franja
ondulada em
arco-íris desnudam-se
o sonho adormeceu para
acordar com outros falares!
Querida Ci, e como te escuta o meu coração!
ResponderExcluirBeijoss
Lê
Le querida! que bom saber que existe uma vaguinha entre as
Excluirfortes veias que bombeiam esse teu imenso coração! Estou super feliz por isso. Obrigada por fazer a postagem do poema.
um grande beijo
Ci, palavras desusadas sendo germinadas, que coisa linda e como eu também, com a alma, te escuto!
ResponderExcluirBeijos (que bom poder te ler e comentar aqui! rs)
Minha queridíssima amiga, fico tão feliz em saber disso!
Excluirbeijosss
Cirandeira,
ResponderExcluirverbos transidos na franja
ondulada ?
o sonho adormeceu para
acordar com outros
falsetes!
Os verbos estão cheios de falsetes, de falsários, de falsas quimeras, dependendo da ondulação das franjas que nos encobrem, não é, Marcelo?
Excluirbeijos