Toda palavra já foi dita. Isso é
sabido. E há que ser dita outra vez.
E outra. E cada vez é outra. E a mesma.
Nenhum de nós vai reinventar a roda.
E no entanto cada um a re-
inventa, para si. E roda. E canta.
Chegamos muito tarde, e não provamos
o doce absinto e ópio dos começos.
E no entanto, chegada a nossa vez,
recomeçamos. Palavras tardias,
mas com vertiginosa lucidez -
o ácido saber de nossos dias.
Eu precisava muito de um modo de dizer isso a meus alunos na oficina de escrita criativa. E você me entrega entre presente.
ResponderExcluirGrata.
Beijocas.
Putz!
ResponderExcluirNós não vivemos aquelas interjeições primeiras, a não ser nas verdadeiras descobertas da infância... E olhe lá!
Mas "vamos que vamos".
;)
Um beijo, Lelena!
Não estou tão certa se "chegamos tarde", creio que cada um tem o seu tempo, a sua hora, e o que importa é que chegamos, ácida, azeda ou docemente o importante é chegar!
ResponderExcluirbeijos, Lelena