Eram vestes antigas
trapos rotos, imprestáveis
inodoras.
Palavras repetidas passadas
de boca em boca
por mãos mais hábeis
mais criativas.
Hoje tornaram-se linhas
tênues rabiscos imperceptíveis
a olho nu.
trapos rotos, imprestáveis
inodoras.
Palavras repetidas passadas
de boca em boca
por mãos mais hábeis
mais criativas.
Hoje tornaram-se linhas
tênues rabiscos imperceptíveis
a olho nu.
Do escuro é que ela gosta
do silêncio do fundo
do poço sem corda.
Um fio entrelaçado
um corte na garganta
no cordão umbilical...
Um grito rouco, o choro...
No polegar a veia que salta:
nas mãos encruzilhada névoa
palavras desarticuladas, desconexas
falam por todos os poros.
Balbucio de vozes a entoar
um discurso estranhamente familiar.
Lindo, CI!
ResponderExcluirParece com meu gosto. Belo poema, querida amiga e parceira.
Beijos
Mirze
Obrigada, amiga, é muito amável de tua parte!
Excluirbeijoss
P.S.: verifiquei que postaste 2 comentários, acho que o blogger está cada dia mais "louco"! Fiquei na dúvida, e por isso ainda não deletei o outro. Vou aguardar tua resposta :)
LINDO, CI!
ResponderExcluir"Do escuro é que ela gosta
do silêncio do fundo
do poço sem corda.
Um fio entrelaçado
um corte na garganta
no cordão umbilical...
Um grito rouco, o choro... "
Parece comigo.
Beijos
Mirze
Cirandeira,
ResponderExcluirBonito novelo este.
:)
Um beijo!
Pode até ser, Marcelo, mas quero desnovelá-lo! se é que isso é possível, não é?
ResponderExcluir:)
um beijo
Huuummm... Escrevendo pega-se a(s) ponta(s) do(s) fio(s). Mas o silêncio mesmo é só a pausa depois da música. Só aí não há novelo.
ExcluirBeijo, guria.
Boa tarde.
ResponderExcluirGostei do desenho e do poema.
Beijos.
Amapola. seja bem-vinda!
ResponderExcluirObrigada pelo contário, r volte sempre!
beijos
Um dizer transbordante em linhas de desconcerto.
ResponderExcluirUm beijo
É Lídia, pode ser também um transbordamento de linhas desconsertantes querendo ser alinhavadas :)
ResponderExcluirObrigada pelo comentário.
um beijo
Ci, isso TAMBÈM parece comigo:
ResponderExcluirDo escuro é que ela gosta
do silêncio do fundo
do poço sem corda.
Um fio entrelaçado
um corte na garganta
no cordão umbilical...
Um grito rouco, o choro...
E a mim o poema fala de um "poetizar" que rompe comportas, que se dilui e se diz e se mostra de tantas outras formas. Gostei também da imagem, que também diz do poema. E eu vou aqui me encantando com a sua poesia, que, sempre, me fala tão profundamente à alma.
Beijos, Ci, e obrigada!
Obrigada pelo comentário, Tânia, devagarzinho a gente vai tentando desenmaranhar o fio do novelo cheio de nós :)
Excluirbeijosss
Ci,
ResponderExcluirSua escrita é tão madura e cristalina que parece que você passou a vida escrevendo. De certa forma, passou, não passou? Que quando se lê, também se escreve. Seus rabiscos não são tênues. São densos, sólidos e poderosos.
Parabéns :)
beijosss
Le