As pulsações
Dos violões
Outonais
Fazem o ser
Esmorecer,
Sempre iguais
E todo arfando
Pálido, quando
Soa a hora,
Minh'alma invade
Velha saudade
E após chora.
Se eu assim vago,
Vento pressago
Me transporta ao-deus-dará,
Semelhante à
Folha morta.
Paul Verlaine, França (1844-1896)
Linda anunciação!
ResponderExcluirBeijo.
Obrigada pela visita, teca.
ExcluirSeja bem-vinda!!
Beijo
"semelhante a folha morta" [bela imagem se forma junto ao "deus dará") como um ser em abandono. Triste, mas real!
ResponderExcluirParabéns, Ci!
Beijos
Mirze
Tão realíssimo, Mirze. E triste, e cruel!
ExcluirBeijos
As pulsações
ResponderExcluirDos violões
Outonais
[...]
Tudo bem que é traduzido. Mas, mesmo em tradução, já é um acorde.
Marcelo, "ao pé da letra" seria:longos soluços do violão -
Excluirque também é "um acorde", como disseste.(Les sanglots longs des violons...)
beijo
Esses franceses melodiosos ficam bons mesmo quando traduzidos por outros caras com sensibilidade. Canção puxa canção.
Excluirhá sempre essa metade vaga, que vagueia pelas estações...
ResponderExcluiroras outono, oras verões...
beijoooo
Estamos sempre mudando de estações sem nos apercebermos,
Excluirnão é, Solange?
beijooo
Nada mais somos do que metades vagas, vagando por aí, entre as estações!
ResponderExcluirTodos os poetas malditos tinham esse pessimismo sobre a vida!
Bjusssssssss
Talvez os "poetas malditos" fossem apenas realistas, não?
ExcluirBjusss
E é a estação que mais aprecio, não há céu mais belo.
ResponderExcluirComo você pode ver, já posso postar os comentários!
Beijo.
Que ótimo, Marcantonio! Então "apareça" mais vezes: aqui e "lá em casa", viu?
ResponderExcluirbeijo