terça-feira, 13 de março de 2012

No desalento do corpo

No desalento do corpo,
recebe instruções alma.
No desalento dos gestos,
desfaz-se, em cruz, o instinto.
E sofrem  e emudecem e prendem-se às
semelhanças
as carnes e as argilas
das casas em que ninguém habita,
das casas em que há sob a pele
outras paredes
e em que desordenam-se as cores com
o que brincamos
de destino e de vida.

2 comentários:

  1. UAU, Lelena!

    LINDO POEMA!"no desalento dos versos desfaz-se em cruz, o instinto!"

    Show!

    Beijos

    Mirze

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