(Mario Cesariny - O surrealismo - 1959) |
O
guarda-fatos do mar entreaberto para a noite
pergunta-me
se amo
e é toda uma paisagem de arcos flamejantes
deslocando-se
a oeste
um
castelo perdido entre duas visões
o
cavaleiro descendo a falésia
depois
de tantos amos tantas fábricas tantos
arquitectos
do amor fitando o espaço
No
alto das arquibancadas o rapaz
que
lindo
encarna
a vitoriosa lividez do dia
A
mim porém o que me apetece é dançar
Dar
um salto comigo
de
forma a que não me evole feito fumo
nem
resvale às profundas feito nada
Isso
o
reino de Pràtazul
a
linha de água
que
suporta e separa e contém os dois mundos
e
ondula
[Mário Cesariny, A Cidade Queimada]
Bela postagem...abrs
ResponderExcluirSiempre estupendos los posts que nos dejas. Como siempre un placer haberme pasado por tu espacio.
ResponderExcluirSaludos y buena tarde de jueves.
Muito bom, Andrea. Não conhecia esse poeta!
ResponderExcluirÉ bom dançar entre dois mundos, flutuar sob as ondas da poesia!
beijos
Cirandeira, eu adoro os poetas portugueses, e Cesariny foi um grande artista, contemporâneo, ousado, provocador.
ResponderExcluira poesia não tem fronteiras, né?
beijos
António, o prazer é todo meu com a tua visita. Que bom que gostou do poema.
ResponderExcluirsaludos
Claudia, essa semana, estou toda Cesariny...rs
ResponderExcluirfico feliz que tenhas gostado.
um abraço pra ti
Muito inspirador!!
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