Sobre o que mesmo eu estou falando? Para quem?
Falo sobre mim, isso é óbvio, mas o que eu falo também está em tudo, em todos: No cigano, no índio, no negro, no japonês... no engenheiro, médico, ator, dançarino, professor, jornalista, produtor.... está no analfabeto e no letrado... está na cultura, na arquitetura, turismo, economia, educação... Está na criança, adulto, jovem, velho...
O que eu falo é simples de entender, mas se você não sente apertar ou não conhece alguém que tenha o calo, é comum achar que não é com você o que eu falo. Mas eu também falo de você.
Porque acessibilidade não é exclusividade de deficiente e hoje me permitirei sair das nomenclaturas exigidas, do politicamente correto “pessoa com deficência”, porque quando eu não vivia sob as regras e normas da tal “inclusão” eu era muito mais incluído. Eu nem sabia que isso existia porque eu simplesmente vivia e estava em todos os espaços sem me sentir invasor de um território que agora me fazem pensar que não era meu.
Talvez as nomenclaturas tenham afastado as pessoas do real sentido do que significam. Acessibilidade. Palavra difícil de compreender e de familiarizar, chegar perto. Simplesmente é permitir que todas as pessoas tenham acesso a bens e produtos igualmente.
Ontem participei do Fórum de Políticas Culturais, na Sala do Coro do TCA, com a presença de Sérgio Mamberti – Secretário de Políticas Culturais do MINC e Américo Córdula - Diretoria de Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais que falaram sobre o Plano Nacional de Cultura. Nesta ocasião entreguei a Carta Repúdio ao Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 – Edição Albertina Brasil – “Nada Sobre Nós Sem Nós”.
Quando tive oportunidade repeti tudo que já falei aqui sobre o absurdo do Edital, os equívocos, o desrespeito a determinados pontos que já haviam sido discutidos na Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para Inclusão de Pessoas com Deficiência, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 16 e 18 de outubro de 2008, documento que serve de base para o referido Edital. Américo disse que já tinha conhecimento da Carta, afirmou que o Edital havia começado quando ele estava à frente da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura que agora está com Marta Pavese Porto, mas havia sido deslocado e não tomou mais conhecimento do que havia acontecido. Tanto ele quanto Sérgio Mamberti demonstraram concordar com nossa queixa, mas também percebemos que dali não sairia muita coisa. Américo, inclusive, disse que eles já tinham conhecimento da Carta Repúdio e que esta já havia chegado ao seu email.
Por um lado fico satisfeito que em tão pouco tempo nossa mobilização já tenha chegado aonde ela deveria chegar. O MINC já tem conhecimento que estamos atentos e que não aceitamos mais as migalhas que o discurso da inclusão teima em dizer que é caviar. Não podemos mais aceitar que um evento como o de ontem, por exemplo, não tenha preocupação com a Acessibilidade Plena, como está definido em LEI e que o MINC patrocina e promove eventos e projetos sem esta preocupação. Tentaram justificar o valor alto para se fazer acessibilidade, entendemos e sabemos disso, mas é esta a questão principal que jogamos ao Governo. O que eles estão fazendo para promover esta acessibilidade?
Não podemos admitir que os segmentos sociais não se mobilizem também a favor desta causa que é, sim, da conta de todos. Os movimentos Negro, LGBTS, Indígena, Cigano, Cultura Popular e todos os demais, tem que assumir também esta responsabilidade, porque deficiência não é etnia, não é segmento. Deficiência é condição física e assim sendo, está ligada a todas as pessoas. Afinal para ser pessoa você tem que ter físico, corpo.
Nosso abaixo-assinado continua online e eu peço mais uma vez que todos assinem, tenham consciência de sua responsabilidade nesta causa e saiba que isso faz parte de sua vida. Infelizmente não tivemos até agora a adesão desejada. Mas ainda temos esperança e faremos barulho até que todos saibam e entendam o que dizemos.
Mais uma vez o link para assinatura da Carta Repúdio ao Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 – Edição Albertina Brasil – “Nada Sobre Nós Sem Nós”
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N13330
Falo sobre mim, isso é óbvio, mas o que eu falo também está em tudo, em todos: No cigano, no índio, no negro, no japonês... no engenheiro, médico, ator, dançarino, professor, jornalista, produtor.... está no analfabeto e no letrado... está na cultura, na arquitetura, turismo, economia, educação... Está na criança, adulto, jovem, velho...
O que eu falo é simples de entender, mas se você não sente apertar ou não conhece alguém que tenha o calo, é comum achar que não é com você o que eu falo. Mas eu também falo de você.
Porque acessibilidade não é exclusividade de deficiente e hoje me permitirei sair das nomenclaturas exigidas, do politicamente correto “pessoa com deficência”, porque quando eu não vivia sob as regras e normas da tal “inclusão” eu era muito mais incluído. Eu nem sabia que isso existia porque eu simplesmente vivia e estava em todos os espaços sem me sentir invasor de um território que agora me fazem pensar que não era meu.
Talvez as nomenclaturas tenham afastado as pessoas do real sentido do que significam. Acessibilidade. Palavra difícil de compreender e de familiarizar, chegar perto. Simplesmente é permitir que todas as pessoas tenham acesso a bens e produtos igualmente.
Ontem participei do Fórum de Políticas Culturais, na Sala do Coro do TCA, com a presença de Sérgio Mamberti – Secretário de Políticas Culturais do MINC e Américo Córdula - Diretoria de Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais que falaram sobre o Plano Nacional de Cultura. Nesta ocasião entreguei a Carta Repúdio ao Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 – Edição Albertina Brasil – “Nada Sobre Nós Sem Nós”.
Quando tive oportunidade repeti tudo que já falei aqui sobre o absurdo do Edital, os equívocos, o desrespeito a determinados pontos que já haviam sido discutidos na Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para Inclusão de Pessoas com Deficiência, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 16 e 18 de outubro de 2008, documento que serve de base para o referido Edital. Américo disse que já tinha conhecimento da Carta, afirmou que o Edital havia começado quando ele estava à frente da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura que agora está com Marta Pavese Porto, mas havia sido deslocado e não tomou mais conhecimento do que havia acontecido. Tanto ele quanto Sérgio Mamberti demonstraram concordar com nossa queixa, mas também percebemos que dali não sairia muita coisa. Américo, inclusive, disse que eles já tinham conhecimento da Carta Repúdio e que esta já havia chegado ao seu email.
Por um lado fico satisfeito que em tão pouco tempo nossa mobilização já tenha chegado aonde ela deveria chegar. O MINC já tem conhecimento que estamos atentos e que não aceitamos mais as migalhas que o discurso da inclusão teima em dizer que é caviar. Não podemos mais aceitar que um evento como o de ontem, por exemplo, não tenha preocupação com a Acessibilidade Plena, como está definido em LEI e que o MINC patrocina e promove eventos e projetos sem esta preocupação. Tentaram justificar o valor alto para se fazer acessibilidade, entendemos e sabemos disso, mas é esta a questão principal que jogamos ao Governo. O que eles estão fazendo para promover esta acessibilidade?
Não podemos admitir que os segmentos sociais não se mobilizem também a favor desta causa que é, sim, da conta de todos. Os movimentos Negro, LGBTS, Indígena, Cigano, Cultura Popular e todos os demais, tem que assumir também esta responsabilidade, porque deficiência não é etnia, não é segmento. Deficiência é condição física e assim sendo, está ligada a todas as pessoas. Afinal para ser pessoa você tem que ter físico, corpo.
Nosso abaixo-assinado continua online e eu peço mais uma vez que todos assinem, tenham consciência de sua responsabilidade nesta causa e saiba que isso faz parte de sua vida. Infelizmente não tivemos até agora a adesão desejada. Mas ainda temos esperança e faremos barulho até que todos saibam e entendam o que dizemos.
Mais uma vez o link para assinatura da Carta Repúdio ao Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 – Edição Albertina Brasil – “Nada Sobre Nós Sem Nós”
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N13330
Olá menino, muito obrigada pelas lindas palavras e venho te dizer que ja fui no link acima e ja assinei o abaixo assinado....sei bem o que é essa questao, tenho um enteado que aos 9 anos foi atropelado por uma ambulancia em SP e com isso perdeu a perna direita....hj ele tem 41 anos é jornalista como eu e graças Deus tem uma cabeça maravilhosa...mas sei que dor é esta...
ResponderExcluirConte comigo! Abraço
Valeria
Fala, Edu, que quem se comunica não se trumbica e a gente tem de se expressar e denunciar o que tem de ser denunciado!!
ResponderExcluirbeijoss