quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fernando Pessoa

A morte chega cedo,

Pois breve é toda vida

O instante é o arremedo

De uma coisa perdida.

O amor foi começado,

O ideal não acabou,

E quem tenha alcançado

Não sabe o que alcançou.

E tudo isto a morte

Risca por não estar certo

No caderno da sorte

Que Deus deixou aberto.

4 comentários:

  1. Eta lucidez de poeta! Nos fala da vida, mas sempre de olho na morte, que a vida é mesmo brevíssima e não nos damos conta disso!
    Excelente postagem, Fernanda.

    beijos

    ResponderExcluir
  2. Um caderno da sorte! Que imagem perfeita! Beijos

    ResponderExcluir
  3. Faz a gente pensar na sorte de cada dia a mais. E na alegria da brevidade prolongada dessa vida! Beijo, F.

    ResponderExcluir
  4. Fernanda o poema tem dono mas a postagem tbm.

    Sua escolha é seu poema.

    Certissima, a vida passa como um sopro.

    Passando rapidinho pra um abraço

    ResponderExcluir