sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PARABÉNS

Estamos todos os que aqui colaboram de parabéns.
Este espaço multiracial, multicultural e de enorme tolerância, tem sido ponto de encontro de múltiplas nacionalidades e pontos de vista.
Pessoalmente andei meio mundo e uma vida para aqui chegar.
Aqui, finalmente consegui sentar-me à volta da fogueira, em paz, vendo o fogo crepitar e ouvindo as histórias que se contam.
Aqui aprendi algumas coisas que desconhecia.
Aprendi o voo oblíquo do condor.
Aprendi que o Aconcágua está ali ao alcance da minha mão e que basta eu querer para que tudo seja possível.
Risquei palavras do meu dicionário algo limitado, principalmente risquei a palavra impossível. Acrescentei-lhe outras. Tolerância é uma delas.
Cir e Bípede construtoras deste local de paz, têm todos os motivos para incharem de orgulho.
A minha prenda para o MA é este poema construído com todo o amor do mundo.

Recorto pedaços de silêncio e luz e cor
Espalmo as mãos contra o horizonte azul
Tacteando contornos que nunca explorei
Buscando o que existe de mim a sul do sul
Olhos e rosto de mil claridades submarinas
Se escoam nas ramagens da minha floresta
Em farrapos de muitos brilhos translúcidos
Já não há hemisférios, nem sul, nem norte
No fim apenas mãos e corpos se tocando
Cada palavra destruindo ausências longas
Gestos suaves se abraçando em outros gestos
Até não haver mais que uma alma apenas.

3 comentários:

  1. Tão lindo tudo o que escreveste,GED. Estou tão emocionada que nem encontro palavras para expressar-me. Só consigo dizer que estou muito
    AGRADECIDA! Participar do Mínimo Ajuste tem sido muito bom pra mim, porque estou tendo a oportunidade de aprender muitas coisas, entre elas também destaco a tolerância, o respeito pela diferença, a diversidade e, sobretudo, a solidariedade.
    Adorei o teu poema! e mais uma vez:AGRADECIDA!
    Um grande abraço

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  2. GED, o meu dicionário sofre de alguma síndrome de crescimento eterno. Quanto mais leio, mais preciso dele, que engorda com tudo o que devora, com cada verbo que surge, com cada substantiverbo que aparece diante dos meus olhos, às vezes, pequenos para tantas palavras, tanto mundo.
    Precioso o seu poema.
    Obrigada :)
    beijos.

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