Não conheço nada do país do meu amado
Não sei se chove, nem sinto o cheiro das
laranjas.
Abri-lhe as portas do meu país sem perguntar nada
Não sei que tempo era
O meu coração é grande e tinha pressa
Não lhe falei do país, das colheitas, nem da seca
Deixei que ele bebesse do meu país o vinho o mel a carícia
Povoei-lhe os sonhos de asas, plantas e desejo
O meu amado não me disse nada do seu país
Deve ser um estranho país
o país do meu amado
pois não conheço ninguém que não saiba
a hora da colheita
o canto dos pássaros
o sabor da sua terra de manhã cedo
Nada me disse o meu amado
Chegou
Mora no meu país não sei por quanto tempo
É estranho que se sinta bem
e parta.
Volta com um cheiro de país diferente
Volta com os passos de quem não conhece a pressa.
(Ana Paula Ribeiro Tavares - O lago da lua)
Lindo!
ResponderExcluirTania, de que livro é???
ResponderExcluirAdorei. Eu tenho um dela. Mas não lembro de ter lido esse poema. Mas eu ando bastante esquecida, então, pode ser que no meu tenha :)
beijos
Lelena, eu não conhecia...Navegando ontem dei de cara com o http://betogomes.sites.uol.com.br/AnaPaulaRibeiroTavares.htm
ResponderExcluir...e me encantei. Anotada, então, na minha lista de aquisições. Porque amei.
Beijos,