terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Último Poema


Assim eu quereria o meu último poema.

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.


Manuel Bandeira

Um comentário:

  1. Mara...
    Manuel Bandeira...
    escolhe...
    palavras...
    como ninguém...


    Beijos
    Leca

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