No abismo azul-turquesa do papel, depositei meu voo – e você veio!
Mãos emplumadas ruflando agora um verso que é seu,
de um poema ainda sem forma e sem cor...
Você veio com o desvelo incomum dos que resgatam os mortos e lhes sopram a vida...
Veio da ferida que não cicatrizou nunca.
Da côncava dor.
Dos gritos embolorados– você veio alado, como chegam as aves e os anjos.
Guardião dos sonhos, veio empunhando o cetro.
Sem caminhos retos, que o tempo ziguezagueia,
e ascendendo sinuosamente às montanhas dos meus devaneios.
Soube que viera pelo brilho de asas na escuridão,
pelo embrião da agonia que se instalara em mim,
pelas palavras como “vento”, “frêmito” e “silêncio” que me acudiam à mente.
Você veio, e eu profundamente mirei o vazio do papel
na ânsia de fecundá-lo....
(TC)
é isso mesmo, descreveste a ansia de versar!
ResponderExcluirlindíssimo!
beijos
Tânia, lindíssimo!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirIntenso, verdadeiro, amoroso, apaixonado a apaixonante.
Parabéns!, Tânia. Teu poema é delicado, suave
ResponderExcluire de um azul belíssimo!
Bjs
Mágico! Ú.ter.ú... :)
ResponderExcluirTânia muito lindo! Passa a idéia de como se sente uma mulher que está grávida, e que seja bem vinda a criança a ânsia chamada PALAVRAS! Tânia Mãe Poeta maravilhosa!
ResponderExcluircom amor e carinho,
Sílvia
Belíssimo, contagiante!
ResponderExcluirBeijos.
Que venha sempre mais à luz a sua poesia!
ResponderExcluirAbraço.
[casulo, um terno casulo de palavras, astro da mão que tem ligação directa ao coração, metáfora do peito]
ResponderExcluirum imenso abraço, Tânia
Leonardo B.
Lindas palavras...
ResponderExcluirazuis e voadoras...
Beijos
Leca
demais
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