Ele já a aguardava na porta quando ela apareceu cheia de sacolas. Apanhou a maior em silêncio, acendeu a luz e parou diante do elevador como se fosse um dia qualquer. Ela fingiu que era. A porta abriu-se, e eles entraram na pequena caixa laranja. Do décimo terceiro andar, aterrizaram na garagem sem nenhum passageiro ou turbulência. Ela seguiu caminho, respirando fundo, e não mais simulou um sorriso para a intrusa câmera. Comentou, em poucas palavras, a insistente aversão que sentia à vigilância eletrônica e, antes de ouvir uma resposta, atirou a pergunta “ tem certeza que você quer me levar?”. Como ele nada disse, ela conferiu o horário do bilhete, desapertou a pulseira do relógio e parou em frente ao porta-malas.
Continua em
Contos Marginais
Querida Bípede...
ResponderExcluirUm dia qualquer...
Parece promissor...
vou lá conferir...
já adorei...
um elevador...um porta-malas...
beijos
Leca