quarta-feira, 21 de julho de 2010

 [Andrea de Godoy Neto]



 A asa do anjo
                         (inspirado na imagem postada pela Bípede)

a asa branca do anjo não é de medo,
nem de sonho, não é de pele, não é de lata,
a asa branca de anjo é talhada de coragem

a branca asa do anjo, não é de tristeza,
nem de segredo, não é de desejo, não é de ilusão
é de espanto que se eriça a branca asa

a asa branca do anjo não é de nuvem
nem de algodão, não é de flor, não é de renda, 
a asa branca do anjo é tecida de amor

a branca asa do anjo, não é de gesso
não é de pano, não é de louça, não é de pena
é de esperança que se reveste a branca asa (do anjo negro)!

7 comentários:

  1. Andrea, que especial esse seu poema! A esse seu anjo eu não exoneraria de sua função poética, com certeza! Que diversidade de asas numa só asa branca! Muito bonito.

    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Marco, obrigada! Ainda bem que não exoneraria...sabe, depois daquele teu poema (lindíssimo, diga-se, de tirar o fôlego até) eu fiquei um pouco preocupada. Solidariedade alada, deve ser...rsrs

    um beijo

    ResponderExcluir
  3. Bonito o poema. Por acaso sempre que imagino as asas de um anjo vêm-me à memória aqueles casacos de penas fofos e quentinhos que se usavam no inverno. Mas essa não é uma visão lá muito poética. A tua é melhor. :)

    ResponderExcluir
  4. Lou, obrigada! Não conheçoesses cdasacos de penas quentinhos...mas com o frio que está fazeendo por aqui, bem queria conhecer :)

    beijos pra ti

    ResponderExcluir
  5. Lisarda, e tem coisa mais bonita pra virar?

    beijos

    ResponderExcluir
  6. A asa branca de um anjo é a esperança pura de um colo imaculado...

    um anjo

    ResponderExcluir