sexta-feira, 30 de julho de 2010

CAMINHOS

I

Se por ali passo, tenho
                          medo.
Se por aqui fico, tenho
                          medo.
Se me pacifico,   tenho
                          medo
                          ainda.

II

Ampliam-se as procissões pelas ruas da cidade.
Sentido imperceptível de um diluído prosseguir.
O outro ser é vácuo para os seres apressados.
Cada passo é a tranca de um caminho reservado.

As formigas já não se tocam na rota do trabalho,
E os peixes não se olham nas correntes do aquário.



Outros poemas meus AQUI

2 comentários:

  1. Muito bom!, Marcantonio. O teu poema faz-nos refletir sobre o que estamos nos transformando...!?
    O vídeo está perfeito, até parece que foi feito
    para o teu poema!

    Beijo

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  2. O meu aquário é de água doce e eu gostaria que fosse de água salgada.

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