Imagem sem menção de autor.
As casas onde morei fizeram água
e as árvores do pomar perderam a sombra.
Só me restaram coisas sem valia
que envolvi em sedas coloridas.
Nas baias da memória
moram um alazão alado
e um baio esguio e bonito
que não consigo arrear.
Mora um gato almiscarado
numa urna de alabastro
e uma sereia de sol e tabaco
que em dias frios
desfaz as tranças na praia
e some em grutas de rio.
O sono rouba o sossego
e traz de volta faces do passado
acaricia traiçoeiro meus cabelos
e traça rumos ao céu dos quatro ventos
onde me perco.
e as árvores do pomar perderam a sombra.
Só me restaram coisas sem valia
que envolvi em sedas coloridas.
Nas baias da memória
moram um alazão alado
e um baio esguio e bonito
que não consigo arrear.
Mora um gato almiscarado
numa urna de alabastro
e uma sereia de sol e tabaco
que em dias frios
desfaz as tranças na praia
e some em grutas de rio.
O sono rouba o sossego
e traz de volta faces do passado
acaricia traiçoeiro meus cabelos
e traça rumos ao céu dos quatro ventos
onde me perco.
O cerco da memória é como um sono
a devorar as portas do presente.
Mas onde deixarei minha bagagem
se a estância do presente não tem baias?
Para onde voarão minhas imagens
abandonadas sem asas neste chão
ainda que seja o único existente?
Lindíssimo dade amorin. Obrigada.
ResponderExcluirPara você:
http://youtu.be/2Mh5lDDpRmc
Viagem
Oh! Tristeza me desculpe...
Estou de malas prontas
Hoje a poesia veio ao meu encontro
Já raiou o dia
Vamos viajar
Vamos indo de carona
Na garupa leve
Do vento macio
Que vem caminhando
Desde muito tempo
Lá do fim do mar
Vamos visitar a estrela
Da manhã raiada
Que pensei perdida pela madrugada
Mas que está escondida
Querendo brincar
Senta nessa nuvem clara minha "poesia"
Anda se prepara
Traz uma cantiga
Vamos espalhando música no ar
Olha quantas aves brancas
Minha "poesia"
Dançam nossa valsa
Pelo céu que um dia
Fez todo bordado
De raios de sol
Oh! “poesia” me ajuda
Vou colher avencas, lírios, rosas, dálias
Pelos campos verdes
Que você batiza
De Jardim do céu
Mas pode ficar tranquila
Minha 'poesia'
Pois nós voltaremos
Numa estrela guia
Num clarão de lua
Quando serenar
Ou talvez até quem sabe
Nós só voltaremos num 'cavalo baio'
No azalão da noite
Cujo nome é raio,
Raio de luar
Com carinho
Sílvia
Obrigada, Sílvia.
ExcluirMúsica e letra são lindas, velhas conhecidas.
Beijo.
Há momentos que eu penso que seria bom poder apagar algumas memórias, os registros de alguns sofrimentos.
ResponderExcluirComo de algumas mortes, por exemplo.
Uma, pra mim, inexplicável.
Mas se apagasse teria também de apagar a vida que havia antes.
E aí seria aniquilar também a mim.
Então, tento e tento e falho e tento de novo colocar cada memória no seu galho. Mas sabe como é a natureza: as árvores balançam e trocam tudo de lugar.
Beijos, Dade.
Tem razão, Lelena. A natureza não nos deixa liberdade para tudo que desejaríamos fazer. E pela vida afora, as árvores balançam sem parar.
ExcluirBeijos.
Dade e Bípede sinto o mesmo mas creio que seja impossível enterrar o passado, impossível... Não devemos viver preso a ele, mas não podemos enterrá-lo jamais.
ResponderExcluirCom carinho,
Sílvia
Tem razão, Sìlvia!
ResponderExcluirBeijo pra você.