As nuvens são cabelos
crescendo como rios;
são os gestos brancos da cantora muda;
são estátuas em voo
à beira de um mar;
a fauna e a flora leves
de países ao vento;
são o olho pintado
escorrendo imóvel;
e a mulher que se debruça
nas varandas do sono;
são a morte(a espera da)atrás dos olhos fechados;
a medicina branca!
Nossos dias brancos.
João Cabral de Melo Neto
Ci,
ResponderExcluirDe que livro dele é?
Adorei :)
As nuvens são!!!
Beijosss
Esse poema tá no livro "O Engenheiro", publicado pela primeira vez em 1945, se não me engano :)
ResponderExcluirEu gosto demais dos poemas dele!
beijoss
Lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1Saudades de você. BJs
ResponderExcluirÓ "mar e brisa do prazer de aprender", que sugestivo o nome de seu blog! Obrigada pelas "saudades" :)
Excluirbjs
Grande Cabral de Melo Neto, amiga Cira.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
Obrigada, Dilmar, que tenhamos um lindo final de semana!
Excluirum abraço procê
mais nuvem que isso só a Lelena,
ResponderExcluirbj
que doce :)
Excluirbeijoss
Pois é, Assis, os poetas gostam muito de nuvens, não é?
ResponderExcluirbj
gostamos, né, Ci???
ExcluirBeijoss
:)
Excluirbj
Não conhecia esse poema de Cabral, é incrível!
ResponderExcluirBeijo por ele.