sexta-feira, 11 de novembro de 2011
GAVETAS
Imagino a nossa alma feita de gavetas. De mil gavetas, onde vamos compartimentando as experiencias e as emoções, que nos vão surgindo pela vida fora.
Tipo móvel chinês, com gavetas à vista e outras bem secretas e disfarçadas. E como o móvel chinês, por fora tudo parece tranquilo e ninguém se apercebe das tempestades de emoções que por vezes nos assolam.
Depois, bem depois, há gavetas que se abrem diariamente e se mostram gastas de tanto uso. Há outras onde só vamos de vez em quando. E depois há as outras, as secretas, onde guardamos ciosamente o que nos é mais precioso, e que abrimos só em momentos especiais.
Por fim há as últimas, aquelas que fechamos e uma vez fechadas dificilmente voltaremos a abrir.
É assim que imagino as almas, mas posso estar errado.
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Acredito que "almas" não se fecham...*os corações* às vezes tão feridos, se trancam, "alma lembra o espírito...o nosso espírito* *, mas posso estar enganada.
ResponderExcluirBeijinhos da Mery*
Claro que podes estar enganada. Mas eu também posso estar enganado.
ResponderExcluirBeijo
Mas, há emoções tão violentas, tão destruidoras e ao mesmo tempo tão vitais, que por mera questão de sobrevivência, as gavetas têm de ser fechadas.
ResponderExcluirBeijo
Gavetas, como mostradas por você, possuem um sentido metafórico incrível. Guardamos, escondemos, limpamos, arejamos e renovamos.
ResponderExcluirParabéns.
Roberto
Almas como gavetas, não deixa de ser uma bela imagem poética.
ResponderExcluirParabéns!
Beijos
Mirze