Embaciados, ardem-me os olhos
De tanto que já viram
Ainda me servem os sapatos
Com que reinvento o chão
Um dia deixarei de dançar
As danças há muito aprendidas
Mas não hoje
Atrevo-me em novos passos
No eterno baile da vida
O meu rumo é sempre sul
O primeiro chão que pisei
Onde estão os meus imbondeiros
Areias douradas e o mar azul
Desembrulho os meus sonhos
Neste tempo longo de esperar
Revejo tantos quartos vazios
Na casa da minha vida
Um dia deixarei de dançar
Em cima da linha do horizonte
Mas não hoje
Tempo de kissanges e batuques
De saltar e levantar poeira
Arrastar amigos nesta vertigem
Aprender mais uma vez a viver
Sem anunciar preconceitos
Apenas a minha caixa de madeira
Cheia apenas de desejos e coragem
Um dia deixarei de dançar
Esta eterna valsa entre continentes
Mas não hoje
GED
Um dia*...mas não hoje:)
ResponderExcluirBelo*!
Um beijinho da Mery.
Que lindo GED! O dia chegará, sem dúvida!
ResponderExcluireste poema me fez lembrar da minha amiga Ema, que sempre me diz que seu imã é o sul, a África aonde cresceu, a terra vermelha abaixo da linha do horizonte.
muito bonito mesmo!
um abraço
Muito bonito!
ResponderExcluirbeijo
BF