De onde eu venho
Não há talvez nem indecisões
Nenhum rio é de sim e não
E todos, todos nascem no mar
Terra é terra, fogo é fogo
E nenhuma água jamais o dissipará
De onde eu venho
Libelinhas azuis vagueiam no crepúsculo
E pirilampos acendem as noites
Enquanto girassóis se ausentam de danças
Em redor de cada fogueira ateada
Cada homem empenha sua palavra firme
Fundida no fogo dos seus ancestrais
De onde eu venho
Há memórias de bemquerer
Salpicando as espumas do grande mar
As mulheres podem vestir cetins negros
Porque nenhuma dança será recusada
E nenhum amor, nunca vacilará
De onde eu venho
Serpenteiam brilhantes as veias da terra
Num rumor liquido e sagrado
Amparando amores prometidos e cumpridos
Enquanto majestosos bagres deslizam serenos
Nos rios de todas as memórias
De onde eu venho
Cada homem é a sua palavra.
Adorei "De onde eu venho".
ResponderExcluirMuito giro, um abraço
ResponderExcluirUm poema cheio de imagens. Algumas imensamente poéticas. Como um sonho ou delírio?
ResponderExcluirAbraço.
Que lugar é esse, de onde vens? Fala pra mim poder ir também. Lindo poema, diferente expressar, chegou a mim como um belo poetar. bjim, obrigada sempre por suas visitas.
ResponderExcluirObrigado a todos.
ResponderExcluirDe onde eu venho, faz sempre sol e sul.
Beijos e abraços.
De onde eu venho, mora dentro de mim. A África imensa, onde cada homem é a sua palavra.
ResponderExcluiré seu? é bom! dê-nos mais ! Um abr Alberto Quadros
ResponderExcluirÉ meu sim, obrigado Alberto.
ResponderExcluirLindo o lugar de onde vens...
ResponderExcluirFiquei até com uma pontinha de inveja!
Um grande abraço
Eu sei.
ResponderExcluirObrigado Márcia.