Na integridade
calma e morna dos dias.
Ser negra,
de negras mãos,
de negras mamas,
de negra alma.
Ser negra, negra.
Puro afro sangue negro,
saindo aos jorros por todos os poros.
O grande inimigo é identificado por Éle Semog*:
Juntaremos tantos grilhões
quanto for possível
e mais quatrocentas misérias.
Então trocaremos tudo por flores
para enfeitar o enterro
dessa coisa estranha: racismo.
Geni Mariano Guimarães, poeta, nascida em Taubaté (SP)
* Éle Semog é o pseudônimo do poeta Luís Carlos Amaral Gomes, co-autor com José Carlos Limeira de "O arco-íris negro". É fundador do grupo Negrícia-Poesia e Arte de Crioulo.
Estranha é pouco. É inexplicável!
ResponderExcluirbeijosss
Inexplicável e INACEITÁVEL!!!!!
ResponderExcluirbeijoss