.
Teu azul da cor do céu
É igual ao meu, do mar
Do meu ar enfim tão teu
Traço em corpo marginal
No teu peito naufraguei
Estrela em ilha sem lugar
Teu luar brilhar brilhei
No meu peito astro desigual
E no teu morar morei
E no teu olhar sorri
No teu mar plano do céu
Teu azul da cor de mim
No meu braço a tua mão
Se é abraço já nem sei
Tua casa coração
Esse rio que atravessei
E por um tempo sem final
A luz tua vou guardar
Tanto corpo, vasto mar
Tanto andar por onde andei
E no teu morar, certidão do mar, morei
(…)
Junho 2011
[breve aparte: este texto (inédito e assim me tomo de liberdade, apelidá-lo) foi escrito num instante, tão espontaneamente, como se fosse letra de canção por musicar e não como um texto poético, naquela acepção mais rígida; aconteceu assim, este breve, como uma pequena pausa nos “textos mais intensos” e não hesitei em enviar para uma artista que muito admiro, não com a expectativa de ser de imediato musicado, mas antes por dever de “descargo de consciência”… e apesar da sua delicada resposta, sei por intuição que este não vai mais além; por dever de partilha, aqui fica… e se a alguém aprouver, que faça o favor de o tomar por seu… como sempre!]
[imagem: reprodução de (?) Peter Revenrkobi]
.
Reconheci sue mar logo nas primeiras estrofes.
ResponderExcluirTão lindo, Leonardo!
Beijos
Mirze
Belo poema-canção, Leonardo!
ResponderExcluirQuem me dera saber musicá-lo e cantá-lo aos quatro ventos!
beijos
Leonardo
ResponderExcluirMuito, muito belo este poema.
Então se me permite, qq dia irei postá.lo com o devido crédito. é claro !
Um abraço enorme.
ESTÁ ROLANDO UM SUPER SORTEIO LA NO BLOG!!! Mande uma foto de sua estante (onde voce guarda seus livros) e concorra a um exemplar de Fantasmas do Século XX, e sua estante será postada no blog no dia do sorteio!
ResponderExcluirPara saber mais, acesse: Imaginayre.blogspot.com
Não posso esconder o orgulho, Amigo João, que tome este por seu, também; é nessa partilha que respira toda a palavra... flui, indo!
ResponderExcluirE cara Amiga Cirandeira... nesse caso, já este singelo se cumpriu; se fez canção mesmo para quem não sabe compor melodia... e já somos dois, cantando em silêncio o que se fez canção apenas pela metade da composição.
Amiga Mirze: este foi apenas ensaio, palavra sem o par da melodia... e tão grato fico por me reconhecer até "numa forma" que me é estranha e inusual; um dia faço mesmo uma canção!
Abraço, Imensos e Gratos Abraços!
Tão lindo esse teu poema
ResponderExcluircanção: duplamente lindo
pois espontâneo, fluiu da tua essência, da tua "criança" que verbaliza sem pudores ou censuras.
E o simples que aflora é tão mais bonito!
E já é música!
Adorei!
Abraço, Leonardo!
É música, sim, Leonardo...É assim que chega aos meus ouvidos, com uma melodia que se insinua: muito lindo!
ResponderExcluirBeijos,