quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TRISTEZA

Tristeza, já te consigo suportar
Fizeste-me beber o amargo da vida
E ajoelhar-me de dor, de alma vergada
Não mais, tristeza.
Arranquei-me pela raiz, inteiro
E reconstruí-me todo, de novo
Alinhei lobos e girassóis na minha bússola
Coloquei as estrelas certas nos olhos
Calcei meus sapatos de caminhar mundos imaginários
E aconcheguei silêncios na mochila da alma
Agora
Respiro novamente nos troncos da floresta
E vejo guitarras a arder no vento
Os gaviões flutuam mansamente no ar quente
Agora
Pássaros vermelhos pousam-me no punho
E por trás da porta o mundo amanhece
No convexo das tuas pálpebras ainda fechadas
Não tristeza, nunca mais

6 comentários:

  1. Que poema lindo!, GED.
    Dar um basta assim na tristeza, não acontece todos os dias, e não é pra qualquer um!

    beijos

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  2. Obrigado Cir. Limpeza da alma, arrumar a casa.
    Beijo

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  3. Dá para sentir as palavras voando...
    Beijo

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  4. Tudo voa. Basta que tenham asas.
    Beijo

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  5. Lindo demais

    Gostaria de tê-lo escrito

    Abraço

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