Tenho de morder este frio gelado
E passar esta parede
O chão que quero pisar
Tem as cores arrumadas até ao sangue das palavras
E as pedras ardem em silêncios
E os dias estalam em fogos alucinados
Tenho de passar esta parede
Fincar o pé na espuma branca
E respirar o dia pelos troncos das árvores
E escrever versos no fino equilíbrio das manhãs
Ainda que os dedos abram sulcos no carvão da face
Temos de passar esta parede
E avançar para uma fronteira de rápidos sorrisos
E mãos que acariciam pedras, seios e pássaros
Tu mulher
Atravessas-me a tristeza quando saio para a rua
GED
GED, morda, sim, a vontade e a poesia e deixe que elas se alinhem feito um exército de palavras.
ResponderExcluirBelo poema.
beijo.
BF
Obrigado.
ResponderExcluirGED
Talvez as paredes existam para serem ultrapassadas, e quando a ultrapassagem é feita
ResponderExcluircom uma bela poesia o salto se torna mais leve!
um abraço, GED
Às vezes Cir, às vezes...
ResponderExcluirobrigado.
beijo
Passemos então a parede, ainda que a pele se rasgue na passagem...
ResponderExcluirmuito belo, GED!
beijo pra ti
Rasga-se mas reconstrói-se do outro lado, acho eu.
ResponderExcluir