Ato
um poema me deixou um sismo na carne
me arqueou o corpo
e traçou em minhas costas itinerários de espuma.
com um gosto de cor
na boca
deixei cair pulsante um
longo beijo
morno
***
Abstrato
eu nunca beijei um poema.
no entanto ele está aqui
roçando leve minha
boca
nas horas dos
mais
doidos
silêncios
adorei o poema. e o blog, parabéns. já linkei seu blog no meu. tchau
ResponderExcluirVim pelo caminho difícil,
ResponderExcluira linha que nunca termina,
a linha bate na pedra,
a palavra quebra uma esquina,
mínima linha vazia,
a linha, uma vida inteira,
palavra, palavra minha.
Paulo Leminski
(Sinto-me-agora, somente por hoje- mais afim compartihando um poema que escrevendo comentários; parabéms, poeta e leitora)