As muralhas da Noite
A mão ía para as costas da madrugada
As mulheres estendiam as janelas da alegria
onde não se apagavem as alegrias
Entre os dentes do mar acendiam-se braços
Os dias namoravam sob a barca do espelho
Havia uma chuva de barcos enquanto o dia tossia
E da chuva de barcos chegavam colchões,
camas, cadeiras, manadas de estradas perdidas
onde cantavam soldados de capacetes
para pintar no coração da meia-noite
Eram os barcos que guardavam as muralhas
da noite que a mão ouvia nas costas
da madrugada entre os dentes do mar...
João Maimona, poeta nascido na província de Quibocolo, município de Uíge, Angola. É autor de Trajectória obliterada, Traço de união, As abelhas, entre outros.
Nossa, Ci, que bonito :) O cabeçalho também. Adorei! beijosss
ResponderExcluirBF
Gosto tanto, posso roubar para o meu blogue?
ResponderExcluirLeonor Lino
Lindo, lindo, lindo..
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