sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Marco Aurélio [excerto]
Boa noite Marco apaga a luz
e fecha o livro Porque por cima de nós
se levantou um rebate de estrelas
o céu fala uma língua estranha
o grito bárbaro do medo
que o teu Latim não pode compreender
Terror um contínuo e negro terror
contra a frágil terra humana
começa a bater Está a ganhar Escuta
o seu rugido O implacável caudal
dos elementos afogará a tua prosa
até que os quatro mutos do mundo se afundem
[...]
Zbigniew Herbert

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