quarta-feira, 9 de março de 2011

Inviolável



                                           Alisa o linho, sente, sob os dedos a, textura, o impulso de estar na outra pele, pele artesanal e irresistível como a inspiração condensada em palavras, palavras que sabe sem usar os olhos ou os ouvidos, palavras que penetram feito uma língua a varrer ideias para dentro do corpo, o sistema desenhador de linhas, o tradutor das singularidades, e alisa o linho, distraída, como se fosse ele a paisagem e ela o movimento e a gramática da mente absorvida pela figura irregular e lúcida do inviolável livro de sua natureza.





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