Então que lua afinal
Vai fazer com que a sua vida resplandeça
Essa mesma lua que ilusioriamente
Você viu chegar no mês passado
E que sem nenhum pudor
Tomou para si, e a emodulrou numa metáfora porca
E desleixada
Então, que mar afinal
Vai tornar sua alma andarilha
Mar, exemplo máximo de luxúria na paisagem
Esse mar que pela superfície
Você julgou compreender
E sem nenhum pudor
Desenhou em quadros pueris
E rotineiros.
Então, que desperdício afinal
Esta sua vida
Sem ter um norte ao seu dispor
E apenas rumos já traçados
Por viajantes desastrados
E cheios de medo.
Sem um norte, perde-se também a noção de sul, e o oeste e o leste entram em conflito dentro da bússola de cada um.
ResponderExcluirAdorei o poema, Eliana. Muito. beijo