terça-feira, 31 de agosto de 2010

Programação do 1 º Encontro de Dança Inclusiva. O que é isso?



Todos estão convidados para a abertura do 1º Encontro de Dança Inclusiva. O que é isso?, dia 08/09, 14:30h, no Espaço Xisto Bahia-Salvador.

Acreditamos q acessibilidade deve ser uma preocupação de todos, não somente de grupos que se especializaram em trabalhar com pessoas com deficiência. Falando-se em produção artística, existem normas que exigem ações concretas para possibilitar o acesso das pessoas com deficiência aos bens culturais. Infelizmente percebemos que os produtores e criadores em geral não percebem que devem também pensar acessibilidade de uma forma mais ampla, mais responsável, assim como os profissionais de comunicação, por isso a primeira mesa que acontecerá no dia de abertura é justamente "A mídia, as políticas públicas e a produção inclusiva".

Prêmio Portugal Telecom de Literatura

Prêmios e Concursos


PublishNews - 31/08/2010 - Maria Fernanda Rodrigues





A Companhia das Letras é a grande finalista do Prêmio Portugal Telecom. Dela, foram escolhidos seis títulos. Mas mais do que isso, os brasileiros estão em peso entre os que podem ganhar o prêmio de R$ 100 mil, que será revelado no dia 8 de novembro. Estão no páreo: A passagem tensa dos corpos, de Carlos Brito Mello (Companhia das Letras), AvóDezanove e o segredo do soviético, de Ondjak (Companhia das Letras), Caim, de José Saramago (Companhia das Letras); Lar, de Armando Freitas Filho (Companhia das Letras); Leite derramado, de Chico Buarque (Companhia das Letras); O filho da mãe, de Bernardo Carvalho (Companhia das Letras); Pornopopeia, de Reinaldo Moares (Objetiva); Olhos secos, Bernardo Ajzenberg (Rocco); Outra vida, de Rodrigo Lacerda (Alfaguara); e Monodrama, de Carlito Azevedo (7Letras).

Amanhã tem o anuncio dos finalistas do JABUTI

noticia original http://www.publishnews.com.br/telas/noticias/detalhes.aspx?id=59739

Compro...


Compro um
barco cheio de vento
com velas cor
do firmamento
e uma bússola que
aponte sempre
para as luas de saturno.
Compro um barco
que conheça
caminhos secretos de
mares desconhecidos.
Um barco feito de vento
onde caibam todos
os meus amigos.
Compro um barco
que saiba decifrar
os segredos escondidos
no coração das
noites sem luar.


Roseana Murray

"Monólogo de Segismundo" Declamado Por Dan Stulbach




Nossa amiga bípede que fala postou o "monólogo de Segismundo" do Pedro Calderón de La Barca (1600-1681). Pois esse monólogo foi declamado por Dan Stulbach no filme Tempos de Paz, dirigido pelo Daniel Filho (ele também faz parte do elenco) e que conta também com Tony Ramos.

A história é mais ou menos a seguinte:
Ao funcionário da imigração do porto do Rio de Janeiro, Clausewitz, que vivenciou a tragédia, falou com forte sotaque polonês: Sou agricultor, estou aqui porque o Brasilll precisa de maos para a lavoura! O Brasilll precisa de maos para a lavoura!

E por arranhar o português - o que ninguém fazia - inclusive declamando Drummond, esse ser incomum se encrencou. Os funcionários, que se entreolhavam, não tinham dúvidas: ele parecia subversivo.
E as novas diretrizes para os tempos de paz ainda não chegaram, as regras até então disponíveis são para os tempos de guerra. E a guerra recém acabou e os navios traziam imigrantes para colonizar o Brasil. Afinal, o Brasil precisa de mãos para a lavoura.
Cabia, portanto, ao chefe do setor interpretar e decidir caso a caso.Os que entram e os que devem seguir viagem.
O suspeito do Clausewitz foi levado para o sótão - ou para o porão.
Estranho muito estranho, suas mãos são suaves, como as de uma criança. Mãos desse tipo, como todos sabem, nunca conheceram o peso da enxada. Clausewitz só pode ser um mentiroso. Que crime ele cometeu além de ter nascido?
Porque, ao final de tudo, Clausewitz, era um ator e que grande ator.

Bendito Erro

A ciência progride corrigindo os seus erros, não faz segredo do que ainda não compreende (Richard Dawkins - Desvendando o arco-iris, ciência, ilusão e encantamento)


A ciência prospera com seus erros, eliminando-os um a um. (Carl Sagan - O mundo assombrado pelos demônios)

O problema do erro nos parece mais importante que o problema da verdade: ou melhor, só encontramos uma solução possível para o problema da verdade quando afastamos erros cada vez mais refinados (Gaston Bachelard - Ensaio sobre o conhecimento aproximado).

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Marinha


Grito teu nome aos ventos.
Olha: há uma revoada marítima.
O horizonte se afasta, há um ritmo largo
de ondas que se espreguiçam.

Velas esguias,
para onde voam?

Sulcos de prata,
para onde levam?
Amiga, amiga! Ah, dize-me depressa:
Quem grita aos ventos o teu nome?
O mar, ou eu,
o grande mar que o está cantando?


Emílio Moura

Monólogo de Segismundo

Monologo de Segismundo


Ai miserável de mim e infeliz!
Apurar, ó céus, pretendo,
já que me tratais assim,
que delito cometi
contra vós outros, nascendo;
que, se nasci, já entendo
qual delito hei cometido:
bastante causa há servido
vossa justiça e rigor,
pois que o delito maior
do homem é ter nascido.

E só quisera saber,
para apurar males meus
deixando de parte, ó céus,
o delito de nascer,
em que vos pude ofender
por me castigardes mais?
Não nasceram os demais?
Pois se eles também nasceram,
que privilégios tiveram
como eu não gozei jamais?

Nasce a ave, e com as graças
que lhe dão beleza suma,
apenas é flor de pluma,
ou ramalhete com asas,
quando as etéreas plagas
corta com velocidade,
negando-se à piedade
do ninho que deixa em calma:
só eu, que tenho mais alma,
tenho menos liberdade?

Nasce a fera, e com a pele
que desenham manchas belas,
apenas signo é de estrelas
graças ao douto pincel,
quando atrevida e cruel,
a humana necessidade
lhe ensina a ter crueldade,
monstro de seu labirinto:
só eu, com melhor instinto,
tenho menos liberdade?

Nasce o peixe, e não respira,
aborto de ovas e lamas,
e apenas baixel de escamas
por sobre as ondas se mira,
quando a toda a parte gira,
num medir da imensidade
co'a tanta capacidade
que lhe dá o centro frio:
só eu, com mais alvedrio,
tenho menos liberdade?

Nasce o arroio, uma cobra
que entre as flores se desata,
e apenas, serpe de prata,
por entre as flores se desdobra,
já, cantor, celebra a obrada natura em piedade
que lhe dá a majestade
do campo aberto à descida:
só eu que tenho mais vida,
tenho menos liberdade?

Em chegando a esta paixão
um vulcão, um Etna feito,
quisera arrancar do peito
pedaços do coração.
Que lei, justiça, ou razão,
nega aos homens - ó céu grave!
privilégio tão suave,
exceção tão principal,
que Deus a deu a um cristal,
ao peixe, à fera, e a uma ave?"


MONÓLOGO DE SEGISMUNDO

(LA VIDA ES SUEÑO, Ato I, Cena I) de Pedro Calderón de la Barca

A Cultura "Fast Food" e a Morte da Conversa



Impossível discordar dessa senhora, a professora da Universidade de Santa Clara na Califórnia, Janet Flammang, 62 que deu uma entrevista na Folha de S. Paulo de ontem no sentido de que "Fast food agrava crise de civilidade entre americanos".



Uma das coisas boas da vida é sentar numa boa mesa, comer, beber e conversar. A cultura "fast food" está acabando com esses prazeres. E isso traz consequências.
Diz ela:

Folha - A sra. diz, em seu livro, que a democracia se beneficiaria de refeições mais longas. Como relaciona as duas coisas?

Janet Flammang - Desenvolver a arte da conversação é extremamente importante para aprender a discordar de forma civilizada. E aprendemos essa arte à mesa.Quanto menos tempo dedicamos às refeições, mais colocamos essa habilidade em perigo.À mesa, há um incentivo para discordar sem dar aos outros uma indigestão.Muito da política atual nos EUA é uma política de ataque, na qual se quer marcar pontos e derrubar o oponente, e não ouvir.O foco do livro é a conversação. A conversa não é uma discussão, há regras sobre como ouvir, esperar a vez e guardar o que tem a dizer. A coisa mais próxima de uma conversa é a diplomacia, que todos nós achamos ser extremamente importante.O que me intriga é: por que não estudamos como fazer as pessoas se comportarem com diplomacia?


Folha: Isso está piorando? A conversa está morrendo?
Sim. Há muitos estudos que indicam que gastamos, em média, 20 minutos no jantar, à mesa, e mais e mais pessoas já nem se sentam para dividir uma refeição, pegam algo e saem correndo.Meu livro é sobre a situação americana, mas há evidências de que outras culturas estão se tornando mais como os EUA, onde o trabalho é a coisa mais importante e você é consumido por atividades.As pessoas não param para pensar no custo de não se sentar e ter conversas, e cara a cara, porque é claro que muita coisa hoje é eletrônica.



Matéria Completa e entrevista abaixo:

PROMESSA


Tudo o que ela mais acreditou foi dito por seus olhos, através de mensagens mudas que lhe prometeram, sem saber, o que ela mais desejava. Quem ama não precisa de palavras para se iludir. Amar já é esperar. Amar já é prometer.

domingo, 29 de agosto de 2010

de Goethe

" Aquele que tem ciência e arte, tem também religião. O que não tem nenhuma delas, que tenha religião "., em Zahme Xenien IX ( Gedichte aus dem Nachlass ).

Fique...


Fique em sossego o cálice vermelho
da impetuosa flor chamada instinto.

Quero o teu coração para meu espelho,
pois no teu coração não me desminto.


David Mourão-Ferreira (poeta português)

Definições definitivas...

Existem hoje à venda tantas coisas que poupam o trabalho, que uma pessoa tem de trabalhar a vida inteira para as comprar.

Bípedes


Pescado no blog Vazio na Onda.

BUDAPEST

Para quem conhece e quer matar saudades. Para quem não conhece e quer dar uma voltinha. Ou seja, para todos: Budapest em 70 GIGApixels ! Isso mesmo, é ver além do visível. Criar hiperealidades.
Na guerra para ver quem tem mais megapixels, apareceu essa semana uma imagem de Budapeste, capital da Hungria, que totaliza 70 gigapixels de resolução. 590.000 de largura por 121.000 de altura.´
Para ver clique AQUI , instale o plug-in ofertado e divirta-se.

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Coca-Cola

Vejam só esta pérola da Coca Cola, nos primórdios da propaganda brasileira e depois comparem com a outra peça que foi veículada em 2007.




Legal ver a evolução, né? E é bacana também saber que as duas foram consideradas, em suas épocas, comericais de altíssimo nível.
Vale dar uma "fuçada" nos videos relacionados e ver a propaganda da Casas pernambucanas ou do Elefante da Cica. Agora, quer se divertir a valer? Assista Xuxa e Roberta Close num papo de 1984...

sábado, 28 de agosto de 2010

Lenine..."É O Que Me Interessa"

`
Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.

Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa...

Rua da Saudade - Canção de Madrugar - Susana Félix

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Katrina Five Years Ago


Mais uma série de fotografias do Boston Globe.

O que você quer ganhar?

1 IPad ou 100 Livros?
clique AQUI e confira o regulamento
BOA SORTE!

sorteio 18 de setembro 2010

Definições definitivas...


Se o vinho não fosse a melhor bebida do mundo,Jesus Cristo teria transformado água em cerveja.

Concurso de Foto em Portugal

Há momentos na vida de um Homem

" Há momentos na vida de um Homem
 Em que sabe que acordou diferente
 E que já não é o mesmo para ele,
 Mesmo que o seja para toda a gente...
 Há momentos na vida de um Homem
 Onde só pode entrar uma Mulher
 Aquela que lhe trouxer
 A flor do sexo
 Desenhada a vermelho no ventre
 E nada lhe perguntar...
 Há momentos na vida de um Homem
 Onde só pode entrar uma mulher
 Aquela que lhe trouxer,
 Num abraço total,
 A ilusão da vida inteira...
 E, depois, partir
 Com a esperança de vida que ele semeou...
 Há momentos na vida de um Homem
 Onde só pode entrar uma Mulher
 Para todo o Mundo se resumir
 À flor vermelha
 Como um bocado de sol
 Que desponta numa telha!

António Cardoso, poesia angolana.
Pescado do blog Kitanda .

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ultrapassando-me.


Hoje eu ultrapassei

o tênue fio da realidade

e escondi minhas dores na gaveta

E na ponta da caneta

derramei amores

só porque hoje o dia acordou

com cara de felicidade

Lou Witt


Com amor e felicidade
Sílvia

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Transeunte


Transeunte numa cidade sem ruas,
é apenas um homem, apenas uma mulher.
A vida pesada cai sobre
os seus ombros cansados. Levados
de uma incerteza a outra incerteza,
de uma angústia a outra angústia,
no amargo sonho desta vida
pedindo ao verão o refrigério das sombras.


H Dobal (poeta brasileiro)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

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A Involução da Educação.

Após ter enviado um artigo que li e está comigo já por algum tempo, enviei para alguns amigos. Um deles, médico veterinário me respondeu com o comentário abaixo. Estou postando no Mínimo Ajuste, pois ao reler o Artigo, percebo que é atual, preocupante, interessante. Comentário de Dr. Miguel Namur:
"Quero parabenizá-la pelo email. Antigamente quando os Pais repreendiam os filhos eram elogiados; hoje segundo os "especialistas" podem causar traumas irreversíveis. Meu Deus onde vamos parar. Não estou falando de violência, mas impor limites. As crianças ou jovens precisam da ajuda de seus Pais."
Artigo: A Involução da Educação.
Por: José Mauro S. Lima -Viçosa - MG
Antigamente se ensinava e cobrava: tabuada, caligrafia, redação, datilografia... Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e Comerciais, e se se cantava o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciarem as aulas.
Leiam relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa R$. 0,80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava dar-lhe a mesma explicação que lhe dei e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução/involução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:
1. Ensino de matemática em 1950:  Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970:  Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:  Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990:  Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
()R$ 20,00 ()R$ 40,00 ()R$ 60,00 ()R$ 80,00 ()R$ 100,00
5. Ensino de matemática em 2000:  Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00.  Está certo?
() SIM () NÃO
6. Ensino de matemática em 2009:  Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
()R$ 20,00 ()R$ 40,00 ()R$ 60,00 ()R$ 80,00 ()R$ 100,00
7. Em 2010 vai ser assim:  Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
OBS: (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social, não precisa responder.)
()R$ 20,00 ()R$ 40,00 ()R$ 60,00 ()R$ 80,00 ()R$ 100,00
E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, pois a professora provocou traumas na criança.
A pergunta seguinte vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
“Todo mundo anda 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
PARA MEDITAR:
 "Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive... "
Precisamos começar JÁ! Se a Educação não tiver uma mudança radical... As nossas crianças...
Artigo interessante concordam?
Com interesse genuíno,
Sílvia

Definições definitivas...


Nunca caí de amores... só escorreguei!

As Cores


Enquanto a gente é criança
Tem no seio um doce ninho
Onde vive um passarinho
Formoso como a Esperança.

E ele canta noite e dia
Porque se chama: Alegria.

Depois... vai-se a Primavera...
É o tempo em que a gente cresce...
O riso se muda em prece,
A alma não canta: espera!

E ao ninho do Coração
Desce outra ave: a Ilusão.

Mas esta, como a Alegria,
Nos foge... E fica deserto
O coração, na agonia
Do inverno que já vem perto.

Nas ruínas da Mocidade
É quando pousa a saudade...


Auta de Souza

Azul-turquesa



No abismo azul-turquesa do papel, depositei meu voo – e você veio!


Mãos emplumadas ruflando agora um verso que é seu,


de um poema ainda sem forma e sem cor...


Você veio com o desvelo incomum dos que resgatam os mortos e lhes sopram a vida...


Veio da ferida que não cicatrizou nunca.


Da côncava dor.


Dos gritos embolorados– você veio alado, como chegam as aves e os anjos.


Guardião dos sonhos, veio empunhando o cetro.


Sem caminhos retos, que o tempo ziguezagueia,


e ascendendo sinuosamente às montanhas dos meus devaneios.


Soube que viera pelo brilho de asas na escuridão,


pelo embrião da agonia que se instalara em mim,


pelas palavras como “vento”, “frêmito” e “silêncio” que me acudiam à mente.


Você veio, e eu profundamente mirei o vazio do papel


na ânsia de fecundá-lo....
(TC)

PARA REFLETIR

Folha de S. Paulo, 24/08 página 2

PS: no seu Estado, o Tiririca pode ter outro nome... mas ele estará lá, espreitando a Urna e esperando a oportunidade para lhe enganar. Cuide do que é seu: atente para o seu voto.
PS2: é só clicar na imagem que ela amplia e você lê bem.

E nas noites a terra pesada cai de todas as estrelas para a solidão. Todos caímos. Esta não cai, olha os outros:
está em todos.
E no entanto, há alguém que detém suavemente este cair em suas mãos.



Rainer Maria Rilke

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Carlos Nejar,Soneto aos Sapatos Quietos















Os pés dos sapatos juntos.
Hei-de calçá-los, soltos
e imensos, e talvez rotos,
como dois velhos marujos.

Nunca terão o desgosto
que tive. Jamais o sujo
desconsolo: estando postos,
como eu, em chãos defuntos.

Em vãos de flor, sem o riacho
de um pé a outro, entre guizos.
Não há demência ou fome.

Sapatos nos pés não comem.
Só dormem. Porém, descalço
pela alma, o paraíso.

RELAÇÕES

Na manhã,
Ela abriu a janela
De sua parte.
Ele abriu a janela
Em contrário;
E falaram sobre
O que estava detrás
(reciprocamente velado)
Das próprias janelas.


Como o pássaro
Preso
Concebe a topografia
Da própria cela?
Como o fruto
Não colhido
Descreve na pele
O sumo doce
De sua carnadura?

À noite,
Ela abriu a boca
De sua parte.
Ele abriu a boca
Em contrário,
E tocaram fundo
O que estava detrás
(reciprocamente ansiado)
Das próprias bocas.


Como o pássaro
Solto
Destrói a concepção
Da antiga cela?
Como o fruto 
Já colhido
Doa com doçura
A liberdade
Da árvore distante?


Outros poemas Aqui

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Cativeiro

        Não espere. Vá logo. Daqui a pouco continuará como agora. Não haverá retorno. Não há fila para furar, nem central de reclamações à espera. Os minutos seguem, não querem saber dessa água em seus olhos e dessa água em suas veias. As suas veias não são mais estradas, nem caminhos. As suas veias não estão abertas ou fechadas. Estão encerradas junto com o seu sorriso. Você perdeu o sorriso, e o silêncio penetrou a sua voz, a voz melodiosa de ritmos e de vontades a brincar com crianças como quem brinca com anjos e sementes.

Continua em Contos Marginais.

Poetas Malditos...


Malditos poetas, que disseram tudo
e tudo tão bem dito!
Malditos poetas, que me deixam mudo,
sem um ai, uma súplica ou um grito!
Raios os partam, cada qual maldito!
Malditos, que roçaram no seu voo,
com asas de veludo
o infinito!
Malditos poetas: Eu os abençoo…


Adolfo Simões Muller (poeta português)

DIÁLOGO

- Eu te amo.
- Você sabe o que isso significa?
- Sim. Que eu te amo. Você é a minha vida.
- Cuidado. Não invista tudo em uma só pessoa.
- Agora é tarde. Não sei como não fazer isso.
- As coisas mudam.
- Para melhor. Só depende de nós dois.
- E você acha fácil?
- Podemos tentar. Eu quero ser feliz contigo.
- É. Acho que eu também quero.
- Eu quero acordar contigo todos os dias.
- Ai.
- O que foi?
- Falando assim, até parece bom.
- Não é bom. É perfeito. Qual o problema, então?
- Te amo tanto que chega a doer. E tenho medo da dor.

Metragem


                  Manda calar-me e empurra-me de dentro para fora. Reclama o espaço onipresente de sua figura. Finge-se calmo enquanto desorganiza a sequência do que me é possível. Manda-me desvendar o horizonte e esticar a fita. Em pedaços, mede-me as ondas e o céu. Quer saber onde começa o azul sem importar-se com o lugar em que ele termina.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

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Essas Fotos (Coloridas) Têm 100 Anos



Essas imagens do sul e centro da Rússia foram tiradas entre 1909 e 1912 (na época do Tsar Nicholas II, antes da revolução de 1917) pelo fotógrafo Sergei Mikhailovich Prokudin-Gorskii (1863-1944).


Ele utilizou uma câmera especial que capturava imagens em branco e preto e com filtros vermelho, verde e azul e depois, num projetor, fazia a recombinação de cores para transformar em cores reais. Esse trabalho é impressionante pois todas essas fotos têm 100 anos, sobretudo pela qualidade das imagens e das cores.
Copiado do excelente Boston Globe Big Pictures.

P.S. Agradeço os comentários carinhosos sobre a passagem do meu aniversário em 17 de agosto. Gracias, people!