quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Um poema de Paul Valéry


Tu não percebes, mas o teu corpo
permanece
Tu nada sentes, mas o teu corpo se
transforma
Tu falas e o teu corpo faz
Tu vês, ele não vê
Tu caminhas e ele marca passo
Tu saboreias e ele só digere
Tu te ris enquanto ele sorri
Tu adormeces e ele cai no sono
Ele não descobre que mudaste
em teu pensar
Tu não descobres a mudança
funda de suas forças

6 comentários:

  1. Respostas
    1. Verônica, seja bem-vinda ao nosso espaço!
      Obrigada pela visita!

      beijoss

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  2. Eu e ele. O corpo e nós. Onde estamos nele?
    Beijos, Ci!

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    1. Tania, eu, a cada dia que passa, percebo um buraco negro e profundo separando o nosso corpo da nossa mente, um terrível descompasso entre os dois :))

      beijoss

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  3. nesse paradoxo que é existir, o corpo perde enquanto a mente ganha.
    e a gente nem percebe.
    beijoss

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  4. o quanto sabemos de nós que é incerto
    o quanto desconhecemos de nós que é certo
    beijo

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