domingo, 12 de junho de 2011

UM POEMA

ASSIM É PRECISO

Fiz de te amar
Uma imagem marítima:
O mar adentro que é o teu corpo
De rotas fluidas
Para um navegante desprendido
Que a ponto algum quer chegar.

Navego-te de olhos fechados,
Imprevidente, sem presságios.
Solto, navego-te nos ventos favoráveis,
Navego-te, rindo
Da imprecisão dos astrolábios:
Astros mesmos são teus lábios
Capturados,
Incandescendo
Na minha boca.

Gravura de Pablo Picasso




















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2 comentários:

  1. Marcantonio, nessa viagem ninguém fica mareado, a não ser no bom sentido :)
    Tão bonito o seu poema.
    beijoss

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  2. Tenho duas palavras: Profundo e sentido..

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