sexta-feira, 10 de junho de 2011

Poesia soviética

VIDA, VIDA

Não acredito em presságios nem temo
Os pressentimentos. Não fujo nem da calúnia
Nem do veneno. A morte não existe.
Todos são imortais. Tudo também.
Não há sentido em temer a morte aos sete,
Ou aos setenta. Só há aqui e agora, e a luz;
Nem morte, nem escuridão existem.
Já estamos todos à beira-mar;
E eu sou um desses que vasculham as redes
Quando um cardume de imortalidade passa nadando.

Arsênyi Tarkóvski

Um comentário:

  1. É o pai do cineasta Tarkóvski, né? Há a leitura de um poema dele no filme Nostalgia.

    Beijo.

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